quinta-feira, fevereiro 24, 2005

Diarreia mental na biblioteca

Hoje, ao avançar no meu estudo,deparei-me com uma curiosa afirmação de Carl Sagan, acerca do eterno confronto entre os defensores do método científico e os pseudo-cientistas das verdades fáceis:

"Num mundo infestado de demónios em que vivemos pelo facto de sermos humanos, isto (método científico) pode ser tudo o que nos separa da escuridão envolvente."

Se extrapolarmos a substância para um nível mais cósmico das relações entre os seres humanos, e assumindo as emoções primitivas que nos movem e refutam constantemente as regras de racionalidade, teremos nós tanto medo de aceitar a nossa natureza que nos agarramos desesperadamente à tábua do abstracto, à efémera condição de seres dedicados ao pensamento?

Ou, pelo contrário, é essa capacidade estraordinária de sairmos de nós próprios que nos permite questionar e corrigir o nosso "eu", criar regras que nos permitam viver as nossas emoções de uma forma moderada, isto é, sem invadir a liberdade dos outros? Será que seríamos capazes de entender o que está errado num dado momento e fazermos parte da solução?

Não sei...

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá João!
Então tambem tens um blog... Já deste um salto ao meu, já sei, o que é que achaste? Muito sinceramente, acho que o teu falta um bocadinho de ti. É importante tudo aquilo de que falas, mas o que é que achas mesmo? Onde é que estás? Onde é que te dás? É que tu és muito mais que estas palavras bonitas que podiam ter sido escritas por outra pessoa...