Já lá vai o tempo em que as paredes
Coagiam, e assim mudavam os votos
Do povo livre de se acorrentar...
Belos tempos em que nas paredes
Se liam, em cores de amedrontar,
Palavras de ordem como
"Antes vermelhos que mortos"...
Decididamente tenho mais veia poética para o amor e a tristeza do que para lembrar
raivosamente àqueles pseudo-filósofos de neurónios eunucos e sem chama de que A. Cunhal pouco mais merece dos portugueses do que um poema rasco no cair do pano.
Eu não vivi o 25 de Abril, só sei o que os livros e os documentários e as paredes me ensinaram, mas ao longo do meu percurso no ensino senti sempre uma atracção pelo estudo dos extremismos religiosos, políticos e afins, atracção que ia aumentando à medida que se formava em mim uma consciência do meu posicionamento político e ideológico.
Não me dediquei por fascício mas por temor, porque tenho de conhecer o meu inimigo, ler o Mein Kampf do Hitler e o Livro Vermelho do Mao, perceber o que leva os indivíduos ao delírio totalitarista e homicida, e respirar de alívio por não ter nascido num Portugal assim. E desprezar e cuspir naqueles que outrora ousaram desejar um futuro semelhante para o páis que eu amo.
É por isso com uma raiva que não me deixou dormir que brado aos Céus furioso com a capacidade de certos indivíduos de fazer Cunhal um novo Sebastião. Que não se deseje este tanto como o outro pois este é daqueles que volta....
Olhem que sim...
2 comentários:
Very good stuff....
É óbvio que Cunhal não é o desejado "encoberto". Sou mesmo eu! LOL
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