Querido blog,
Adoro os meus pais, mas há 2 ou 3 coisas que nunca lhes consegui perdoar verdadeiramente. Os legos foram na minha infância a melhor prenda que me podiam dar, sobretudo se fossem soldados ,canhões e afins. Lembro-me de derreter o juízo aos meus pais, recorrendo a exigências, birras e chantagens de toda a forma para tentar ter o barco pirata.
Hoje, no rescaldo do Tall Ships Lisboa, lembrei-me que nunca me dera o raio do barco que eu queria tanto.
Para compensar, fazia grandes combates entre os meus soldadinhos de plástico e os legos, sendo que estes últimos, talvez por terem um aspecto mais simpático, e armas mais ranhosas, acabavam por vencer contra todas as probabilidades.
Parece que desde criança tinha esta coisa na cabeça que os "mais fracos" também deviam vencer. Olhando para dentro hoje, acho que ainda não resolvi bem essa coisa, mas gosto mais de mim assim.
Acabei por largar os legos, à medida que colecionava os soldadinhos, com os canhões, tanques de guerra, os verdadeiros heróis das batalhas na praia com os outros miúdos. Claro que estes não deitei fora, vão ficar à espera que um dia outras mãozinhas cheias de imaginação queiram dar-lhes vida de novo!
Uma coisa que sempre me fez um bocado de impressão, foram a falta de brinquedos deste género inseridos nas temáticas da história de Portugal.Já viram o que era ter um D. Afonso Henriques a cavalo,à cabeça das hostes portuguesas, a bater nos mouros como se não houvesse amanhã?
Isso é que era!
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